MOVIMENT.A 2015

Acabou ontem o MOVIMENT.A - as conferências de arquitectura organizadas pelo NAUBI, o nosso núcleo. Foi isto a minha vida estes 4 dias, até já tenho saudades de ir às aulas!

Como membro do núcleo, conheço as duas partes: a parte de quem trabalha e a de quem usufrui (ou devia usufruir).

Este ano a afluência foi vergonhosa e as justificações (e ataques) foram mais que muitos e de parte a parte.

Por um lado estamos "nós" que trabalhamos e não queremos que seja para aquecer (eu disse que explicava) mas ao mesmo tempo eu, ao contrário de algumas pessoas do "meu" lado, consigo admitir que houve falhas. Não tivemos A culpa, mas tivemos culpa.

Por outro lado, lado esse que conheço melhor do que este em que estou, está o "nosso" público, os nossos colegas, a principal razão de isto e muito mais ser organizado.

As conferências dão trabalho e custam dinheiro, logo, são pagas. Os preços este ano foram os mais baixos de que me lembro - para dar um exemplo, o bilhete geral de sócio deste ano custava 10€, enquanto que o do ano passado, segundo o que me disseram que eu fui mas não me lembro, custava 24€. A organização foi acusada de preços absurdos, incomportáveis para os alunos e vi até quem questionasse o porquê de um valor tão alto, se o dinheiro ia para pagar as conferências. Não, vai para mim que quero comprar uns sapatos...

Se acredito que haja quem não pode efectivamente gastar 10€, que tem o orçamento tão controlado que não dá? Acredito, até porque para este bilhete acrescia os gastos com a quota de sócio, para quem ainda não tivesse pago (sim, houve oportunidade atempadamente, para que não calhasse tudo no mesmo dia). Se acredito que a maior parte das pessoas o tinha? Acredito ainda mais, até porque a falta de dinheiro não me pareceu uma verdade absoluta, era mais não ter dinheiro para isto porque se ia gastar naquilo. Nada contra, também já abdiquei de programas culturais e formativos para gastar dinheiro em coisas fúteis. Só não saí por aí a queixar-me dos preços daquilo que eu optei não ter.

Agora já está, já acabou e não há nada a fazer. Melhor aderência, é tudo o que desejo para o próximo ano, mas duvido, nesta cidade do interior, perto mas longe de tudo, em que tanto se ouvem queixas sobre a falta de actividades.